Castigo é a
retaliação da lei dos homens e da lei de Deus contra os pecados cometidos pelos
homens. Quando pecam contra a sociedade, a lei dos homens os pune, e quando
pecam contra a lei de Deus, Deus os pune (no tempo de hoje, acontece o absurdo
de alguém cometer um ato que seja considerado transgressão da lei de Deus, mas
não o ser pela lei dos homens). Mas o certo é que, quando os homens transgridem
as leis, são punidos, são castigados.
O castigo é
sempre a hora da dor, a hora em que os homens lamentam os crimes cometidos. As
dores os afligem a tal ponto que o lamento é inevitável. É nesse ponto que
muitos blasfemam contra Deus, acusando-o de lhes infligir tais sofrimentos,
como se Deus fosse o culpado pelas transgressões que praticaram. Os homens
querem transgredir, mas não querem sofrer as penalidades, como se isso fosse
possível.
Por outro
lado, há daqueles que reconhecem as dores pelas quais passam, identificando-as
como justas, como merecidas, em retaliação a tudo quanto praticaram. Esses
inocentam Deus de tudo quanto sofrem, mas atribuem somente a si mesmos o mérito
das dores que suportam. Essa é a postura correta, justa, de alguém que sofre os
castigos pelos seus atos.
Podemos citar o exemplo dos dois ladrões que
foram crucificados com Jesus. Enquanto, em certo momento, um blasfemava e
desafiava Deus, o outro, em atitude de humildade, dirigiu-se a Deus em
humilhação, reconhecendo sua culpa. Um, sob castigo, dirigiu-se a Deus em
soberba, em orgulho, em desafio, sem reconhecimento de seu pecado, do seu
demérito. O outro, sob castigo, dirigiu-se a Deus em humilhação, reconhecendo o
mérito de seu castigo, e pedindo a Deus misericórdia por si. E Jesus, numa
condição de grande sofrimento e afronta (porém sem que isso diminuísse em
absolutamente nada o seu status de Deus), de forma soberana e autoritativa,
perdoou o suplicante em humilhação, deixando o soberbo debaixo das dores do seu
castigo, sob a culpa da sua condenação, sem lhe prover qualquer alívio.
Deus é
justo e todos os nossos castigos são merecidos, ninguém pode atribuir a Deus
falta alguma. Portanto, aprendamos a proceder bem quando estivermos sob
castigo.
Esse sermão foi proferido pelo Pr. Edson Rosendo. Foi baseado em Lucas 23:39-43 e foi dividido em duas partes: 1) Blasfemando Contra Deus no Sofrimento e 2) Bendizendo o Senhor em Pleno Sofrimento.
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