Já se disse que a humildade é a percepção da completa nulidade. O homem humilde não se importa se seu próximo recebe a glória. A Escritura leva o homem a ter elevado conceito do próximo e baixo conceito de si mesmo. É dessa forma que o cristão se torna humilde diante do próximo, sem fazer distinção entre o amigo que tem dinheiro e o que não tem. É quando se torna humilde que o cristão não faz acepção de pessoas, mas trata com igualdade o pobre e o rico, o nobre e o simples, o famoso e o anônimo.
A humildade isenta o homem de se aproximar de outro por interesse em alguma coisa do próximo, como bens, dinheiro, prestígio e similares. O abastado, por sua vez, que aprende a humildade, não dá as coisas esperando recompensa, nem ajuda ao próximo esperando receber dele alguma paga ou mesmo a aclamação da plateia. O homem humilde está longe dos holofotes, da mídia. Olha com grande atenção o seu próprio coração, sendo grandemente desconfiado consigo, gastando tanto tempo na introspecção que não tem qualquer tempo de olhar o quanto os outros são orgulhosos. Por isso que os olhos do humilde só criticam a si mesmo. Esse é um excelente medidor de humildade: “Quando você critica o próximo é porque não tem autocrítica, ou porque exerce a indulgência consigo, perdoando-se de todos os erros e pecados, sendo muito bom aos seus próprios olhos”.
A humildade é virtude cristã que está em baixa há muitos anos, principalmente nestes dias de glorificação do homem. Raros são os homens que demonstram humildade hoje em dia. Se a humildade de muitos pudesse ser comparada a uma vestimenta, a maioria esmagadora dos homens andaria nu. Grandes pregadores do passado foram excessivos em tratar com as suas igrejas sobre a humildade e sempre diziam que, quanto mais elevado na graça for o cristão, menor ele será aos seus próprios olhos. Poucos são os cristãos que podem dizer: “Que meu nome seja esquecido, que eu seja pisoteado por todos os homens, se dessa forma Jesus puder ser glorificado”.
Sermão do Pr. Edson Rosendo, dia 10/04/2011. Baseado em Lucas 14:1-14.
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