Sermão do Pr. Edson Azevedo, baseado em Mateus 26:57-68, proferido do púlpito da Igreja Batista da Graça em Caruaru - PE, no culto solene do domingo, Dia do Senhor, 01/06/2025.
O Júri Injusto Contra o Justo
Introdução
Nos tribunais da antiguidade, o juiz concentrava todos os poderes, decidindo quem seria condenado ou absolvido conforme sua vontade. Mesmo com o avanço do Direito, ainda hoje a justiça é corrompida. O maior exemplo de injustiça foi o julgamento de Cristo, o único verdadeiramente justo, condenado por juízes parciais, sem defesa e com provas falsas.
1 – Juízes Acusadores e Sem Defesa (Mateus 26:57-58)
O julgamento de Jesus aconteceu na casa do sumo sacerdote, não em um tribunal legítimo. O Sinédrio, que deveria zelar pela justiça, já havia decidido condená-lo antes mesmo da audiência. Nenhuma testemunha de defesa foi apresentada. Pedro seguiu Jesus de longe, temeroso, e os outros discípulos fugiram. Como poderia haver justiça se os próprios juízes eram os acusadores?
2 – Busca de Provas Falsas (Mateus 26:59-63a)
O Sinédrio procurava testemunhas falsas porque não encontrariam provas legítimas. Mesmo assim, nenhuma acusação era crível. Desesperados, distorceram uma fala de Jesus sobre a ressurreição, tentando usá-la como pretexto para condená-lo. A justiça humana se revelou falha, enquanto o plano divino seguia seu curso.
3 – Condenação por uma Prova Forjada (Mateus 26:63b-66)
Sem opções, Caifás exigiu que Jesus declarasse se era o Messias. Diante da autoridade religiosa, Ele confirmou: “Tu o disseste.” Essa verdade eterna foi tratada como blasfêmia, e o Sinédrio sentenciou Jesus à morte. Mas Sua profecia se cumpriu: Ele foi exaltado à direita de Deus e será visto por todos quando voltar em glória.
4 – Violência Contra o Condenado (Mateus 26:67-68)
Após o veredicto, começaram as agressões físicas e psicológicas. Cuspiram em seu rosto, esmurraram e zombaram de sua capacidade profética. Vendando seus olhos, pediam que Ele adivinhasse quem O golpeava. Mas a justiça divina triunfaria sobre a injustiça dos homens.
Conclusão
O Justo foi condenado para que os injustos pudessem receber perdão.
· Seu silêncio diante da mentira não foi covardia, mas confiança no plano do Pai.
· Sua humilhação nos ensina a suportar o sofrimento sem vingança.
· O tribunal humano operou com maldade, mas o tribunal divino executou a graça.
Se estivéssemos ali, teríamos defendido Jesus? E hoje, quando Sua verdade é atacada, permanecemos calados por medo de perder status ou amizades?
Aprenda a sofrer por Cristo sem negá-lo, pois está escrito:
"Se com ele sofremos, com ele também seremos glorificados." (Romanos 8:17)
Amém.
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