terça-feira, 7 de outubro de 2025

O Suplício do Rei dos Reis (4ª Parte) - A Incomum Morte de Cristo - 10/08/2025

"A Incomum Morte de Cristo" (Mt.27:45-56)

     Ao longo da história, algumas mortes foram marcadas por eventos incomuns — como o defunto que reviveu ao tocar os ossos de Eliseu (2Rs 13), o juízo sobre Ananias e Safira (At 5), e a morte de Herodes, comido por vermes (At 12). Mas nenhuma morte foi tão extraordinária quanto a de Jesus Cristo. Sua crucificação foi acompanhada por sinais sobrenaturais, reações humanas profundas e uma obra espiritual eterna.

1) O Extraordinário Cenário da Morte de Cristo (v.45–50)

     Trevas sobre a terra: Das 12h às 15h, o sol se apagou. Não foi eclipse, mas juízo divino. Jesus, a luz do mundo, estava coberto pelo pecado do seu povo.
     O grito do abandono: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Um brado ensurdecedor, fruto da dor espiritual de carregar a culpa da humanidade.
     A sede do inferno: “Tenho sede.” Jesus experimenta os tormentos eternos, como o rico em Lucas 16, ao tomar sobre si a condenação do pecado.
     A entrega do espírito: Jesus morre com soberania, consciente, e em vitória: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.”

2) Os Sinais Incomuns na Morte de Cristo (v.51–53)

     No templo: O véu se rasga de alto a baixo. O acesso ao Santo dos Santos é aberto. Jesus é o novo e vivo caminho.
     Na criação: A terra treme, rochas se fendem. A natureza protesta e celebra o início da redenção.
     No cemitério: Sepulcros se abrem. Santos ressuscitam após a ressurreição de Cristo, antecipando a glória futura.

3) Reações Notáveis na Morte de Cristo (v.54–56)

      O centurião e os soldados: Impactados pelos sinais e pela dignidade de Jesus, confessam: “Verdadeiramente este era Filho de Deus.”
     As mulheres fiéis: Observam de longe, contemplando com gratidão a obra de Cristo. Serviram com seus bens e permaneceram até o fim.

Conclusão

     Nada em Cristo foi comum — nem sua morte. O céu escureceu, a terra tremeu, o véu se rasgou, túmulos se abriram, e corações se renderam. Mas o maior milagre foi espiritual: o pecado foi julgado, a culpa foi paga, a justiça satisfeita, e a salvação garantida.
     A pergunta que ecoa não é: “O que mais aconteceu naquela tarde?” Mas sim: “O que você fará com essa morte incomum?”
Pr. Edson Azevedo
Igreja Batista da Graça em Caruaru/PE
Domingo, Dia do Senhor, 10/08/2025

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